terça-feira, 30 de abril de 2013

CULTURA - O QUE ESTAMOS OUVINDO? E CANTANDO?

Essa encontrei no facebook.
Leia o que o mestre Ariano escreveu, sobre o que não é CULTURA.

Brilhante.
Ariano Suassuna falando do forró atual...

‘Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma plateia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.
Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.
Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando- se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo est tico. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na plateia’, alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna
Ariano Suassuna falando do forró atual...
‘Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!’. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma plateia de milhares de p...essoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são ‘gaia’, ‘cabaré’, e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta ‘desculhambação’ não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando- se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de ‘forró’, parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo est tico. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
 
Aqui o que se autodenomina ‘forró estilizado’ continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem ‘rapariga na plateia’, alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é ‘É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!’, alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
Ariano Suassuna
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domingo, 28 de abril de 2013

CAMPEONATO PERNAMBUCANO - SANTA CRUZ E SPORT, DE NOVO.

SANTA CRUZ - PE
O Santa Cruz perdeu por 2 x 1 do Náutico, mas como fez o gol nos Aflitos, ganhou a vaga, para, pela 3ª vez consecutiva, decidir o disputadíssimo troféu de Campeão Pernambucano 2013.
A partida foi disputadíssima. Para se ter uma idéia do alto nível técnico e da determinação das 2 equipes, deu trabalho para a Rádio Jornal escolher o melhor jogador.
SPORT - PE
6 membros da Rádio Jornal, votaram. 1 voto para Renatinho, Anderson Pedra e Raul, esses do Santa Cruz. 1 voto para Eli Carlos e 2 votos para Rogério, esses do Náutico. Rogério foi o eleito. 
 
A disputada partida de hoje nos Aflitos, fica registrada na história, por quê foi a última partida de futebol  naquele estádio. As próximas partidas do Náutico, serão jogadas na Arena Pernambuco, Estádio da Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014.
O Náutico ganhou a concessão e será o administrador do Arena Pernambuco.
 
Domingo, 05/05, no Arruda, Santa Cruz e Sport. Dia 12/05, na Ilha do Retiro, a 2ª partida.
Náutico e Ypiranga, também em 2 partidas, decidirão o 3º lugar. Sábado, 04/05, a tarde, em Caruaru, no Lacerdão, a 1ª partida.
A aberração de valer cartões amarelos e vermelhos, para decidir quem ficou com as vagas nas semifinais, ficou para trás.
 
Que a Federação Pernambucana não repita nunca mais, esse erro histórico. Ainda bem, que as vagas de Santa Cruz e Sport, não foram conquistadas nos cartões.
 
O Santa Cruz jogará quarta-feira, 01/05, pela Copa do Brasil, no Arruda contra o Internacional/RS. Se houver o jogo da volta em Porto Alegre, será no dia 15/05, já com o Campeonato Pernambucano decidido. 
 
O Sport jogará pela Copa do Brasil, dia 08/05, em Natal/RN, contra o ABC. Se ocorrer a 2ª partida, será dia 22/05, no Recife.
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

ECONOMIA - A SECA MALTRATA NOSSOS ADMINISTRADORES. CADÊ SOLUÇÕES?

Na realidade, não gosto de tratar desse assunto. Em pleno século XXI, Nordestinos sofrem de novo, com a  seca, essa seca histórica, que para muitas pessoas, a ficha ainda não caiu.
 
Gente, a situação é pra lá de dramática.
Líderes políticos, cientistas, mestres das artes, etc..., ainda estão incrédulos, por não "saberem" administrar a economia, da forma como foram pegos.
 
A economia do Nordeste não está bem, o povo desmotivado e desconfiado. E o pior de tudo, estamos decepcionados com a falta de atitude dos Governantes.
Gente, não há nada de novo. Lamentável.
 
A esperança são as chuvas, mas já passou da hora, de setores governamentais, terem apresentado idéias, soluções para amenizar essa situação.
 
Vejam essa matéria do Jornal do Comércio.
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Nordeste // estiagem
Seca histórica destrói economia rural no Nordeste.
Publicado em 07.04.2013, às 10h38
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A aposentadoria rural e o Bolsa Estiagem, dão às famílias do campo uma alternativa à produção agrícola.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

A rede de proteção social que inclui programas de transferência de renda dos governos federal e estaduais tornou menos dramáticos os impactos da seca no cotidiano da população do Nordeste, mas ainda é incapaz de impedir que a economia local entre em verdadeiro colapso durante períodos de longa estiagem.
 
A avaliação é de pesquisadores e autoridades ouvidas pela reportagem, que identificou em Pernambuco, Bahia e Alagoas uma realidade atenuada, porém, ainda bastante difícil para o sertanejo que enfrenta a maior seca das últimas décadas na região.

Na terça-feira passada, em visita a Fortaleza (CE), a presidente Dilma Rousseff afirmou que, graças às ações de seu governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "a face da miséria nessa região não foi acentuada tão perversamente pela estiagem".

Para o professor João Policarpo Lima, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a aposentadoria rural e projetos como o Bolsa Família e o Bolsa Estiagem dão às famílias do campo, de fato, uma alternativa à produção agrícola quando as condições climáticas ficam desfavoráveis. Mas a quebra de safras e a morte de rebanhos provocam efeitos duradouros na economia local.

A estimativa é que a estiagem provocou no Estado governado por Eduardo Campos (PSB), possível presidenciável em 2014, a redução de 710 mil cabeças de rebanho bovino - sendo que 150 mil morreram e o restante foi abatido precocemente. A bacia leiteira estadual sofreu queda de 72% na sua produção.

Na passagem por Fortaleza, Dilma anunciou pacote de R$ 9 bilhões para medidas emergenciais de enfrentamento da seca no Nordeste.

Porém, prefeitos de municípios do semiárido baiano e produtores agrícolas do Estado lamentaram o que chamaram de "superficialidade" das ações anunciadas pela presidente durante reunião da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Os administradores das cidades afetadas pela estiagem, liderados pela União dos Municípios da Bahia (UPB), resolveram criar um "Movimento dos Sem-Água" e prometem marchar até Brasília para cobrar "medidas objetivas e duradouras" para enfrentar a crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agência Estado

terça-feira, 2 de abril de 2013

OPORTUNIDADES - CONCURSO NO HEMOPE.

Como sempre, ao identificarmos material na NET, relacionado à oportunidades para o povo, principalmente concursos, faremos nossa parte, divulgando, nesse espaço que  é nosso.
 
Aproveitem as vagas que estão sendo oferecidas pelo HEMOPE.
Estudem e boa sorte.
A matéria, encontrei no Jornal do Comércio.
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oportunidade
Hemope vai realizar concurso para preencher 111 vagas.

Empregos são para médico, farmacêutico, biomédico, enfermeiro, nutricionista entre outros.

Publicado em 02/04/2013, às 16h15. Do JC Online                       

Fundação Hemope lança concurso após 18 anos / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Fundação Hemope lança concurso após 18 anos

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem 

A Fundação Hemope - Hemoncentro de Pernambuco - lançou o edital de abertura do concurso que vai selecionar 111 candidatos. Essa é a primeira seleção na Fundação nos últimos 18 anos. O concurso é para os níveis fundamental, médio/técnico e superior.
 
Existem 11 vagas de trabalho para hemomédico nas especialidades de hematologia e clínica geral - diarista, 25 para hemotécnico científico nas funções de farmacêutico, biomédico, enfermeiro, nutricionista, assistente social, fisioterapeuta e psicólogo, 48 vagas para o cargo de hemoassistente nas funções de técnico de enfermagem e de técnico de laboratório, além de 27 para hemobásico - auxiliar de laboratório.
 
Os salários para os médicos diaristas serão de R$ 3.668,94 e os plantonistas vão receber R$ 5.995,00. Farmacêutico, biomédico, enfermeiro, nutricionista, assistente social, fisioterapeuta e psicólogo o valor do salário será de R$ 1.497,63 em caso de diárias e de R$ 2.695,73 para plantões.
 
Os trabalhadores selecionados para técnicos de enfermagem e de laboratório receberão $ 696,57 para diarista e de R$ 905,54 para plantonista. Por fim, auxiliares de laboratório receberão R$ 651,00 em caso de diária e de R$ 846,30 para plantão.
 
INSCRIÇÕES - As inscrições para o concurso acontecem a partir do próximo dia 15 e seguem até 15 de maio, no site UPENET.
 
Os valores das taxas de inscrição são de R$ 50, R$ 80, R$ 100, e R$ 150, dependendo do cargo.
O exame será composto de prova de objetivos gerais com 50 questões de múltipla escolha, e será realizado no dia 9 de junho.