MEMORIAL EM GUARABIRA - PARAIBA
Frei Damião de Bozzano, nascido com o nome de Pio
Giannotti, era filho dos camponeses Félix Giannotti
e Maria Giannotti.
Começou sua formação religiosa aos 12 anos, quando
foi estudar em um colégio de padres.
Aos dezenove anos foi convocado para o exército
italiano e participou da Primeira Guerra Mundial.
Aos 27 anos diplomou-se em teologia pela Universidade
Gregoriana em Roma e foi docente do Convento de Vila
Basélica e do Convento de Massa.
O frade capuchinho, ordenado sacerdote em 25 de agosto
de 1923, veio do norte da Itália para o Brasil no início da
década de 1930, estabelecendo-se no Convento de São
Felix da Ordem dos Capuchinhos, sendo venerado
por fiéis, principalmente nordestinos, pois foi nessa região
que ele viveu a maior parte de sua vida, fazendo
peregrinações pelas cidades, dando comunhão,
confessando, realizando casamentos e batismos.
Por muitos nordestinos considerado como santo,
encontra-se atualmente em processo de beatificação
desde 31 de maio de 2003.
Por dia, muitas cartas chegam ao Convento de São Félix,
contando fatos de cura, milagre, que a ciência não
consegue entender.
Frei Damião, recém-chegado ao Brasil
Sua primeira missa foi nos arredores da cidade de
Gravatá, em Pernambuco, na capela de São Miguel,
no Riacho do Mel. Anualmente, no mês de maio, realiza-se
naquela cidade as Festividades de Frei Damião:
uma grande caminhada sai da Igreja Matriz Nossa
Senhora de Santa'Ana (no centro de Gravatá) e vai
até a Capela do Riacho do Mel.
Na cidade de Recife, mais precisamente no Convento
de São Felix da Ordem dos Capuchinhos, onde se
encontra seu corpo, acontece desde sua morte no
final de maio Celebrações para Frei Damião.
Em 27 de setembro de 1977, recebeu o título de
Cidadão de Pernambuco e, em 4 de maio de 1995,
o título de Cidadão do Recife.
Frei Damião ocupou-se em disseminar “as santas missões”
pelo interior do Nordeste. “As santas missões” eram
um tipo de cruzadas missionárias, de alguns dias de duração,
pelas cidades nordestinas. Nessas ocasiões, era armado um
palanque ao ar-livre com vários alto-falantes onde o frade
transmitia os seus sermões. Quando perguntado sobre os
objetivos de suas “santas missões” aos sertanejos, o frei
respondia que um dos objetivos era “livrá-los do Demônio,
que queria afastá-los da Igreja e fazê-los abraçar outro
credo [...]”.
Conseguia arrastar multidões para ouvir suas palestras
e tornou-se um fenômeno de popularidade religiosa no
Nordeste, só comparável ao “Padim Ciço”, de Juazeiro
do Norte.
A propósito, Frei Damião é aclamado pelos católicos
locais como o legítimo sucessor do Padre Cícero Romão
Batista.
Acompanhado por multidões por onde passava, nunca
abandonou suas caminhadas e romarias pelas localidades,
no qual acompanhava com ele sempre, um terço e um
crucifixo, as quais fazia com seu devotado amigo Frei Fernando.
Só parou poucos meses antes de falecer, devido ao
agravamento de seu problema na coluna vertebral,
fruto da má postura de toda a vida.
Frei Damião de Bozzano faleceu no Hospital Português no
Recife, e seu corpo está enterrado na capela de Nossa
Senhora das Graças, de quem era devoto, no Convento
São Félix, no bairro do Pina, no Recife.
Frei Damião nasceu em Bozzano na Italia no dia 5 de
novembro de 1898 e faleceu na cidade do Recife -
Pernambuco do dia 31 de maio de 1997.
Em 2004, foi inaugurado o Memorial Frei Damião
em sua homenagem, na cidade de Guarabira, Paraíba,
uma das várias cidades em que o frade capuchinho
percorreu em suas missões.
Neste memorial foi erguida uma estátua, que
atualmente é considerada a segunda maior do
Brasil (Fonte: Wikipedia).
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Comentando: Lembro da passagem de Frei Damião, em nossa
cidade, na década de 80. Muita gente; Pessoas de várias
cidades; Carreata para receber Frei Damião.
Foi uma grande festa em nossa cidade. Na missa, do
Domingo a tarde, houve uma grande e bonita manifestação,
quando todos os carros na Praça João Correia de Assis,
acionaram as buzinas. Um som estridente, mas marcante.
Foi algo assim diferente para nossa época, emocionante.
Tenho a impressão que essa, foi a última vez, que ele
passou em Paranatama.
Bela história de vida. Confesso que já ouvi falar muito sobre o Frei Damião, mas nunca tinha parado para ler sobre sua vida e obra.
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