domingo, 3 de março de 2013

ATUALIDADES - JUIZ DE FUTEBOL: HERANÇA DE FAMÍLIA.

Lembro das equipes de futebol de Serrinha, anos 70, 80, 90. De algumas partidas de futebol jogadas aqui na cidade, na zona rural, que estão gravadas eternamente.
 
Jogos em outras cidades e em sitios de outros municípios, que deixaram fortes e boas lembranças. Quantos amigos imortais, homens trabalhadores, lutadores. Senhores que transmitiam muita segurança para os mais jovens.
 
Mas tem um detalhe. Raramente a gente lembra dos juízes, que davam aquela colher de chá e aceitavam o desafio de apitar as partidas. Muita coragem. A reclamação era total. Os coitados se viam doidos, sem bandeiras para ajudar. Mas no final tudo era paz. 
 
Era um tempo bom, de amizades mais chegadas, maior consideração, respeito, e até admiração por aqueles amigos, senhores de idade que se prestavam à "aguentar" reclamação de jogadores e torcedores.
 
Lembro que quando repetiamos jogo em outros municípios, sempre o juiz era o mesmo do outro jogo, mesmo a gente lembrando, ou não, se no outro jogo, o juizão, tinha cometido alguns "erros", lógico, contra o time de Paranatama,  Serrinha. Tempos bons.
 
Vejam essa matéria do Jornal do Comércio, sobre uma Família Pernambucana, que hereditariamente tem juízes de futebol.
Pessoas humildes, trabalhadoras, que buscam nos Esportes, o lazer, as amizades, a solidariedade, a ascenção profissional.
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paixão
Arbitragem é uma questão de família.
 
POSTADO POR Marcelo ÀS 12:38 EM 03 DE Março DE 2013

O experiente Emerson Sobral tem a companhia do irmão, Luiz Sobral, no quadro de arbitragem do Estadual/Foto: JC Imagem


Por Marcos Leandro
Do Jornal do Commercio
Uma conversa ao pé do ouvido ou por telefone. Depois, uma profunda oração. Na hora do jogo, rádio e televisão ligados ao mesmo tempo, apesar de ser indiferente quem ganhe, perca ou marque os gols. O interesse é apenas nos comentários feitos em relação à arbitragem.

Desde a década de 90, quando o filho mais velho, Emerson Sobral, hoje com 38 anos, ingressou no quadro da Federação Pernambucana de Futebol, que essa rotina passou a fazer parte da vida da dona de casa Elenisse Luiza de França, 60 anos.

Pois agora, esse ritual é em dose dupla. Luiz Cláudio Sobral, 31 anos, irmão mais novo de Emerson, pela primeira vez vive a experiência de apitar a Série A1 do Pernambucano. Na verdade, além dos passos do irmão, Luiz está seguindo também o caminho do seu falecido pai, Ismael Sobral, que foi árbitro amador. Ou seja, no clã dos Sobral, apito, cartão amarelo e vermelho é uma questão de família.

E esta herança não se restringe aos filhos de dona Elenisse. No quadro da FPF hoje, existem outros parentes. O assistente Bruno Vieira é filho do juiz Neilson Santos. O também auxiliar Jean Marcel é filho de Jossemmar Diniz. Ainda há os descendentes de ex-árbitros bem conhecidos. O pai de Giorgio Wilton é João José Venceslau, Cuíca. A dinastia Rufino segue representada por Sebastião Rufino Filho, enquanto Wildstar de Mendonça é filho de Wilson Souza de Mendonça.

"O bom é que esse pessoal já chega com ótimo nível de conhecimento das regras, devido ao convívio dentro de casa com a arbitragem", destacou Erich Bandeira, presidente da Comissão Estadual de Arbitragem, Ceaf-PE.

Para Emerson Sobral, a presença do irmão mais novo na profissão é um orgulho. "A gente conversa bastante. Torço muito por ele. Posso dizer que fico mais apreensivo para tudo dar certo antes de um jogo dele do que no meu", admitiu Emerson.

Luiz Cláudio comandou já três partidas nesta Série A1. A mais importante, sem dúvida, foi a estreia do atual bicampeão Santa Cruz contra o Pesqueira, no Arruda, na abertura do 2º turno. "Quando joga um dos três grandes da capital, a pressão é bem maior. A partida ganha mais visibilidade. Mas graças a Deus me sinto preparado para todo este ambiente", enfatizou Luiz Cláudio, que não foi escalado para nenhuma partida desta 3ª rodada. Já o irmão Emerson trabalhou ontem, no jogo Náutico x Chã Grande.
 

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