quinta-feira, 8 de março de 2012

CULTURA - VIVA AS MULHERES, SEMPRE!

Na verdade, todo dia é Dia da Mulher, Dia das Mulheres.
Santas, Mães, Guerreiras, Professoras, Profetizas, Presidentas, Políticas, Médicas, Estudantes, Agricultoras, Aposentadas, Consultoras, Executivas, tantas denominações, quantas qualidades.
Agente pesquisa material para publicar e encontra um montão de sugestões.
Decidi publicar esta que encontrei no Jornal do Comércio. Muito legal. Leiam e partilhem.
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Mulher: a delícia de ser o que é.
Publicado em 07.03.2012, às 18h44 - Paula SchverDo NE10

A palavra "bem" cai como uma luva para elas. São bem-sucedidas em suas carreiras, bem resolvidas com os corpos e consideram primordial o bem-estar. Longe de serem desleixadas, compartilham filosofias que não as permitem mergulhar na ditadura imposta pelo mundo da estética criado em revistas e academias de ginástica. Sem radicalismo ou hipocrisia. Não condenam quem coloca silicone, pinta o cabelo ou fixa na dieta. Mas acreditam que a felicidade está longe da cartilha que prega o guia da beleza.

"Estar de bem com a vida ajuda a elevar a auto-estima", diz a atrizFabiana Karla

"Cuido da minha pele, dos cabelos, das unhas. Faço exercícios físicos para liberar adrenalina, sempre arrumo um tempinho pra dar risadas com os amigos e ir ao cinema com o namorado, pois acho que a felicidade e alguns prazeres rejuvenescem. Estar de bem com a vida ajuda a elevar a auto-estima. O rosto fica iluminado e você nem pensa no julgamento dos outros", garante Fabiana Karla, 36 anos, atriz pernambucana, alguns quilos a mais do que manda o atual script da passarela.

Gordinha desde criança, ela não se recorda de ter sofrido na escola ou entre amigos. A receita vem de berço. "Em primeiro lugar é preciso se amar. Mas posso dizer que tive um ambiente favorável dentro de casa. Meu pai e toda a minha família sempre me cercaram de elogios e isso fortaleceu minha confiança." Da ala masculina, muitos suspiros. "Nunca tive problemas com relacionamentos."

Há dois anos, Fabiana se submeteu à uma cirurgia de intestino para curar, entre outros males, dores causadas pela displasia. À época criticada por 'movimentos GG', ela foi taxativa ao afirmar que nunca fez apologia à gordura, mas ao bem-estar. Hoje, reafirma a opinião. "Fiz minha cirurgia por uma questão de saúde, para garantir o meu bem-estar e consegui. Tive novas medidas de bônus, mas estou longe ainda de ser uma mulher magra; tenho 95 quilos. Estou me sentindo ótima e faria tudo outra vez. Não tenho contrato de ser gorda pra sempre", aponta.


Nenem Brennand não vê qualquer relação entre os fios brancos e desleixo

RAÍZES -
A empresária Nenem Brennand convive com fios brancos desde os 18 anos. Aos 40, já sem qualquer resquício do castanho, foi ao salão e resgatou a cor original, atitude que seria repetida por mais seis anos. "Não estava gostando da minha cara nem de gastar tanto tempo no cabelereiro. Resolvi assumir o branco", conta Nenem, que já tinha em casa o exemplo da aceitação da idade. "O cabelo da minha mãe sempre foi branco. Pra mim já era natural. E eu acho que na vida temos que assumir o que vem chegando; um dia ficaremos velhas", diz, aos 61.

Nenem é segura ao afirmar que o visual nada tem a ver com desleixo. "Não sou desprovida de vaidade. O cabelo branco não significa velhice que, na verdade, está associada ao estado de espírito. Me olho no espelho, me observo, vejo como estou e é isso o que importa. Nem noto que tenho cabelo branco."

Em casa, os filhos, antes contrários à cabeleira grisalha da mãe, aprovaram a mudança. "Tem pessoas que são lindas, mas estão descontentes. Elas ficam completamente dominadas por padrões estéticos, usam roupas que não combinam com o perfil, fazem plásticas desnecessárias. É preciso se libertar disso", diz a empresária. Não que Nenem seja contrária a intervenções cirúrgicas. "Sou contra as pessoas que, sem necessidade, fazem plástica para se submeter a padrões", enfatiza.

Produtora Ana Garcia não enfrentaria o bisturi por um silicone

Mãe de Diana, 11 anos, e Ana Letícia, 6 meses, a produtora Ana Garcia, 31, não tem coragem, não acha naturais nem bonitos seios com silicone. "Quando paramos de amamentar, o peito seca e demora a voltar ao natural. Na verdade, nunca vai ser como era antes. Mas sou a favor de a mulher envelhecer naturalmente", pontua. "Claro que já sonhei em usar regata sem sutiã, porém não acho que vale a pena ficar embaixo de um bisturi e correr o risco de uma cirurgia."

Ana acredita que há outras formas de valorizar seu corpo. Um corte de cabelo adequado, maquiagem, o uso das roupas certas. Descobrir o que está relacionado a se sentir bem é o que faz a diferença, opina. "Há quatro anos passei a cuidar de mim, a malhar, a andar. Isso mudou minha postura, me tirou a dor de coluna. Sem contar que me deixa com mais energia, me sinto melhor."

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