terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

SAÚDE - O ÁLCOOL E SUAS CONSEQUÊNCIAS. A VISÃO DO COMÉRCIO DE BEBIDAS.

Lei Seca
Imagem: google
Vez por outra, nos deparamos com algum dono de bar, insatisfeito com o rigor da Lei Seca.
Reclamam que a freguesia está distante, e com medo das fiscalizações e tal.
Alguns donos de bares, acham que um copo de cerveja, não pode causar tanto "estrago" no trânsito... e por aí vai.
 
Expliquei à um desses, que realmente algumas pessoas contentam-se com um copo de cerveja, uma dose de bebida mais forte, uma lapadinha de cana, temperada, e depois vão realmente pra casa. Porém, a grande maioria dos usuários de bebida alcóolica, para esses, a coisa não funciona bem assim.
 
Enchem mesmo a cara, e depois entram no trânsito para bagunçar tudo e causar os maiores estragos, os quais somos sabedores através dos noticiários, além daqueles que foram vítimas, ou presenciaram acidentes causados por pessoas embriagadas.
 
Sobre os acidentes, segue matéria encontrada no Jornal do Comércio, com estatísticas precisas das imprudências causadas em nosso dia a dia.
Boa leitura.
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Nacional // ESTUDO
Álcool é causa de 20% dos atendimentos a acidentados.
Publicado em 19.02.2013, às 20h30
 
Uma entre cada cinco vítimas de trânsito atendidas em prontos-socorros brasileiros ingeriu bebida alcoólica, aponta levantamento do Ministério da Saúde. O trabalho identificou o consumo de álcool também em boa parte dos pacientes com ferimentos provocados por outros acidentes e violência. Das vítimas de agressão, 49% haviam bebido. Nas lesões autoprovocadas (como acidentes causados pela própria pessoa, intencionalmente ou não), outros 36,5%.

A pesquisa foi feita a partir da análise de atendimentos de 47,4 mil pacientes em 71 serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal e das capitais brasileiras. Todos com ferimentos provocados por violência ou acidentes. "O trabalho mostra que o álcool está associado não apenas ao agente da agressão ou ao causador do acidente, mas também às vítimas", disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Jarbas Barbosa. Um exemplo claro está entre os envolvidos nos acidentes de trânsito: 21,4% dos pedestres, 22,3% dos condutores e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de consumo de bebida.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados podem ser usados para estabelecer políticas de prevenção e nortear ações de fiscalização, sobretudo no trânsito. "Os indicadores mostram que os Estados que apertaram o cerco, fizeram blitze para fiscalizar o cumprimento da lei seca, reduziram de forma expressiva o número de acidentes", afirmou. O ministro em exercício das Cidades, Alexandre Cordeiro Macedo, também defendeu maior fiscalização. "Além da conscientização da população e de legislação forte, é preciso fiscalização", completou.

O estudo mostrou também que o consumo de bebida alcoólica foi maior entre pacientes homens: 54,3% dos que sofreram violência e 24,9% dos que se envolveram em acidente de trânsito tinham ingerido álcool. Entre as mulheres, os porcentuais foram de 31 5% e 10,2%, respectivamente.

O ministro da Saúde e o ministro interino das Cidades criticaram o uso de aplicativos para identificar blitze no trânsito. "Se eu sou contra a associação de álcool e direção, sou contra aplicativos que ajudam a burlar a fiscalização", disse Padilha. De acordo com Macedo, a criação de mecanismos para contornar o uso destas ferramentas está em discussão, mas requer a aprovação de uma lei.

Padilha acrescentou que aplicação da lei seca já começa a trazer resultado, pois houve uma redução no ritmo de aumento das internações provocadas por acidentes de trânsito, em relação à frota de veículos. Em 2012, foram 157 mil. Em 2011, 153 mil.
Fonte: Agência Estado 

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